Sociedade e Cultura Escolar em Itapetininga. Uma abordagem histórica-social do processo de aculturação escolar

Sociedade e Cultura Escolar
no município de Itapetininga:
Uma abordagem histórica-social do processo de aculturação escolar

Projeto de pesquisa para a realização
do curso de Doutorado em Educação,
apresentado à Faculdade de Educação da
Universidade de São Paulo.
Proponente:
Fausto Antonio Ramalho Tavares

Sumário

Apresentação
1. Delimitando o território, a população e o objeto de análise
2. Definição de linhas de investigação e categorias históricas
3. Questões de análise
4. Justificativa:
4. Objetivos
6. Procedimentos:
6.1. Pesquisa etnohistoriográfica
6.2. Pesquisa documental
6.3. Pesquisa bibliográfica
7. Levantamento preliminar de fontes e bibliografia
7.1. Fontes
7.1.1. Pessoas.
7.1.2. Arquivos públicos
7.1.3. Acervos particulares.
7.2. Bibliografia Geral:
7.21. Metodologia da pesquisa histórica (em educação),
7.2.2. Memória coletiva e memória escolar.
7.2.3. História e sociologia da educação de São Paulo.
7.2.4. Estudos e registros sobre o território, os habitantes e a cultura do município de Itapetininga,

Bibliografia consultada
Resumo

Apresentação

O presente projeto de pesquisa trata das diretrizes básicas para a realização de uma investigação da sociedade e da cultura estabelecidas em torno das instituições e práticas escolares da cidade de Itapetininga, município do interior do Estado de São Paulo.
Adotando uma abordagem histórica-social, este projeto procura associar-se a uma tendência relativamente recente na história e historiografia da educação brasileira, identificada com a pesquisa da relação entre escolarização e sociedade, cujo um dos objetivos é propiciar maior conhecimento sobre como cada sociedade ou comunidade estabelece e desenvolve seus modos próprios de escolarização e de como sofre os efeitos da aculturação promovida pelas instituições escolares e suas práticas inerentes.
1. Delimitando o território, a população e o objeto de análise
Este projeto se propõe a estudar o processo de escolarização desenvolvido no município de Itapetininga entre os anos de 1930 a 1984 através da pesquisa e análise de documentos impressos (imprensa local, documentos administrativos, manuscritos, cartas, fotografias, etc.) e de depoimentos de ex-professores, alunos e autoridades escolares que tenham tido participação na vida escolar da cidade durante o período considerado.
Geograficamente, Itapetininga está situado no centro sul do Estado de São Paulo sendo habitado, segundo o censo estatístico de 19... por cerca de 110 mil vidas humanas, que se encontram divididas, ainda de acordo com o mesmo censo, em quatro classes sócio-econômicas, configurando uma pirâmide social que prima pela desigualdade. Graças à sua posição estratégica, o município possui uma certa liderança econômica e cultural na micro na região sul-paulista, tendo sido sede, durante muitos anos e ainda hoje, de importantes órgãos públicos e particulares que servem a mais de uma dezena de cidades circunvizinhas.
Nos seus 229 anos de existência oficial, Itapetininga ainda guarda a lembrança de alguns dos grandes marcos da história brasileira, como a Libertação dos Escravos, a Proclamação da República, a Revolta dos Tenentes de 1924, a Revolução de 1930 e de mais uma dezena de outros momentos e acontecimentos cujos registros se encontram esparsos em antigos monumentos, nomes de ruas, edifícios em ruínas, museus precários, coleções particulares e mesmo na memória oral de alguns antigos moradores.
No campo da educação escolar, que é o que mais interessa a este projeto, Itapetininga se destaca por possuir a mais antiga escola normal do Estado de São Paulo criada fora dos limites da capital, tendo tido, de acordo com opinião de autores locais (Fidêncio e Abuázar) e muito difundida entre certos setores da sociedade, um processo acelerado de escolarização, chegando a superar, proporcionalmente, em ternos de criação de escolas, outras cidades de maior porte e riqueza. Em razão disso, não sem um forte tom bairrista e autopromocional, a cidade chegou a ser chamada, especialmente no período de 1940 a 1970, como a “terra das escolas” ou a “atenas do sul de São Paulo”, epítetos que tem servido de clichê ornamental a todo tipo de discurso, escrito e falado, sobre as qualidades do município.
Exagero ou não, o fato é que a história escolar de Itapetininga revela-se de interesse mais amplo para a história da educação paulista na medida em que a cidade é sede da Diretoria de Ensino da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo desde 1934, possuindo uma rica documentação, ainda que mal preservada, a respeito de como se deu a implantação da rede escolar nos diversos municípios sob sua jurisdição. Além disso, o município também foi sede da Inspetoria Regional do Ensino Secundário do antigo Ministério da Educação e da Cultura (19... a 19...), de uma Faculdade de Farmácia e Odontologia (19.. a 1942), de uma Escola Prática de Agricultura (1942-1955), de uma Associação de Ensino (criada em 1921) e de outras entidades, algumas ainda hoje existentes (para uma visão mais detalhada de alguns eventos escolares acontecidos em Itapetininga, consulte-se o anexo “Cronologia Escolar de Itapetininga”).
A respeito dessas instituições e de suas relações com a sociedade local e com a história mais ampla do ensino escolar no Estado de São Paulo e no Brasil, muitas questões podem ser levantadas, desde, por exemplo,

1.1. A escolarização no município de Itapetininga.

O estudo mais aprofundado que se dispõe sobre o processo de escolarização no município de Itapetininga é o que foi realizado entre 1950 a 1956 pelo professor Oracy Nogueira e sua equipe de auxiliares na pesquisa que veio a se chamar “Família e Comunidade: um estudo sociológico de Itapetininga-SP”. Após amplo levantamento estatístico, histórico e sociográfico então realizado, com base em documentos da Prefeitura Municipal, da Delegacia Regional de Ensino e da há muito extinta Inspetoria Federal de Ensino do MEC, o autor dividiu a história do ensino em Itapetininga em três fases, assim descritas pelo próprio autor:

“... a primeira (fase) vai até o terceiro quartel do século XIX e se caracteriza pela insipiência do próprio ensino elementar que, além de ser o único disponível e se ser ministrado por mestres sem formação especializada, ainda constitui um privilégio dos elementos masculinos econômica e socialmente mais favorecidos, que dele sentem necessidade quando aspiram ao exercício de funções e cargos públicos; a segunda é de transição, abrange o último quartel do século XIX e se caracteriza pela extensão do ensino elementar às crianças do sexo feminino, pela propagação do interesse pela instrução às diferentes camadas sociais, inclusive fora do quadro urbano, e pelas primeiras iniciativas no domínio do ensino médio; e, finalmente, a terceira fase vem até os dias atuais e se caracteriza pelo desenvolvimento do ensino médio, pelo incessante aumento da capacidade da rede de estabelecimentos de ensino elementar, especialmente na área urbana, com a rápida substituição do professorado improvisado por um professorado formado pela Escola Complementar, depois pela Escola Normal e, ultimamente, pelo Instituto de Educação, pelo movimento de renovação tanto no domínio dos métodos e técnicas de ensino como no da organização e regime disciplinar das escolas, pela expansão do ensino pré-primário, na zona urbana e pela proliferação de cursos supletivos e de extensão com os mais variados objetivos.” (NOGUEIRA, 1966: 440).

Mesmo não oferecendo uma periodização das mais exatas, como se pode perceber pela leitura da citação acima, as referências cronológicas apresentadas por Nogueira são suficientes para o autor situar, descrever e analisar algumas das peculiaridades da história do ensino no município, cuja relevância, pelo menos ao olhar do sociólogo, é tida como tão importante quanto as estatísticas e as datas para se compreender as características da escolarização no município. Assim é que sabemos, por exemplo, graças ao registro feito por Nogueira, de como a população reclamava da falta de escolas, das punições feitas a professores faltosos, das expectativas de alguns pais quanto a escolarização de seus filhos, dos depoimentos de professores quanto a fraudes cometidas nas estatísticas de matrícula, aprovação e evasão de alunos, dos conflitos entre professores “progressistas”, imbuídos dos ideais escolanovistas, e a burocracia centralizadora dos órgãos de ensino.
Essas “histórias prosaicas” relativas ao ensino em Itapetininga encontram eco em outra obra, elaborada na mesma época em que Oracy Nogueira pesquisava a sociedade itapetiningana, que é a “História de Itapetininga” de Galvão Júnior (1956). Neste livro, feito de capítulos curtos a respeito de acontecimentos importantes na vida da cidade, como o episódio de sua fundação, os eventos que marcaram a abolição da escravatura, a criação de certas entidades ainda hoje existentes, etc., também aí se encontram alguns capítulos dedicados aos aspectos escolares mais significativos do ensino na cidade, especialmente a história da sua escola normal e a vida de alguns de seus professores ilustres.
Mas, diferentemente do trabalho de Nogueira, marcada por uma ampla pesquisa histórica social, a obra de Galvão Júnior se caracteriza por ser um registro de certas tradições orais ainda vivas em sua época e pela seleção de notícias extraídas de velhos jornais locais.


2. Definição de linhas de pesquisa e de categorias históricas

Para o estudo do processo de escolarização do município de Itapetininga durante o período de 1920 a 1980, propõe-se aqui o estabelecimento de 2 grandes linhas de investigação, a quantitativa e a qualitativa
Dentro da abordagem quantitativa, deverão ser levantados as seguintes informações, cujos dados deverão ser distribuídos cronológicamente (isto é, ano a ano, caso as fontes disponíveis assim permitirem):
- número de escolas criadas no período de 1920 a 1980:
- número de escolas pela sua distribuição geográfica (urbana e rural),
- número de alunos (discriminados por níveis de ensino e por gênero, se possível),
- relação quantidade de escolas particulares e escolas públicas (discriminadas por nível de ensino),
- quantidade professor/aluno (discriminado por nível de ensino),

Já dentro da linha qualitativa, o material levantado para esta pesquisa será analisado tendo em vista quatro perspectivas:
- a das relações de gênero ou de como foi a participação de homens e mulheres, incluindo as diferentes preferências sexuais e idades, no processo de escolarização de Itapetininga;
- a das relações étnicas e sociais ou de como foi a participação dos diferentes grupos étnicos (imigrantes europeus e asiáticos e migrantes brasileiros) e sociais (abastados, classe média e pobres) no processo de escolarização do município;
- a das relações de poder ou de como a implantação da rede escolar e escolas isoladas no município influenciou e foi influenciada pelas posições tomadas pelos diferentes agentes escolares no contexto da vida política da cidade e do Estado.
- a da construção da memória escolar ou de como a memória coletiva local seleciona e registra (esquecendo e consagrando) as relações de gênero, etnia e poder estabelecidas durante o processo de escolarização em Itapetininga no período de 1920 a 1980.
histórica de identificar, através da análise da imprensa local e de depoimentos de agentes escolares idosos, a existência ou não de um “pensamento escolar local”, isto é, um conjunto de discursos que possa caracterizar as representações desses próprios agentes a respeito das instituições e práticas de ensino;
- determinar a força de aculturação promovida pela implantação da rede de escolas públicas e particulares sobre a cultura mais ampla dos habitantes do município;


4. Questões para análise

Esta pesquisa deverá ser orientada para responder algumas questões consideradas aqui essenciais para se compreender a trama histórica e social que caracteriza a sociedade e a cultura escolar da região de Itapetininga. Essas questões, que certamente não são exaustivas nem definitivas, são as seguintes:

- Como se deu o processo de escolarização no município de Itapetininga? Qual a evolução quantitativa da criação de escolas e das taxas de rendimento e desempenho escolar?
- É possível caracterizar a existência de redes ou sub-redes escolares?
- É possível caracterizar a existência de um “pensamento coletivo” direcionando o processo de escolarização do município? Até que ponto a criação de escolas é um evento social e politicamente aleatório?
- Como foi a participação de homens e mulheres de diferentes idades e preferências sexuais no processo de escolarização?
- Quais foram as instituições escolares ou pára-escolares de maior importância social e cultural no município de Itapetininga?
- Quais foram os cargos e funções que, dentro da rede escolar e das escolas isoladas do município de Itapetininga, conferiam maior poder de decisão sobre os rumos das práticas escolares? Como era o acesso a esses cargos e funções?
- Quais as relações entre as práticas escolares locais com as determinações oficiais vindas dos órgãos centrais do ensino estadual e federal? Até que ponto essas determinações foram seguidas pelos agentes locais?
- Como a imprensa local, durante o período de 1920 a 1980, retratou o processo de escolarização de Itapetininga?
3. Justificativa
3. Objetivos

· Reunir e sistematizar a produção intelectual a respeito da população e da cultura do município de Itapetininga;
· Proporcionar um conhecimento mais sistematizado a respeito da história escolar do município de Itapetininga;
· Levantar indicadores históricos e sociais que possibilitem uma análise crítica do processo de escolarização da população de Itapetininga;
· Registrar aspectos da memória escolar ainda presentes nas lembranças de antigos professores, alunos e autoridades escolares;
· Levantar informações que permitam a análise comparativa entre as efetivas práticas escolares específicas da região de Itapetininga com as recomendações feitas pelos órgãos centrais do ensino público estadual;

5. Procedimentos


Para a realização desta pesquisa, deverão ser utilizados os seguintes procedimentos metodológicos:

- pesquisa etnohistoriográfica: através de coleta de depoimentos de antigos professores e outros agentes da comunidade assim divididos:

antigos professores e autoridades do ensino:

Belizandro
Newton Albuquerque;
Jacob Bazarian. 80 anos. Nascido na Turquia. Imigrou para o Brasil em 1927, aos 8 anos de idade, tendo se mudado com a família para a cidade de Itapetininga em 1929, onde realizou o curso primário e ginásio. Mudou-se para São Paulo em 1940, formado-se em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP) em 1945. Em 1949 refugiou-se na França devido às perseguições sofridas pela sua participação no Partido Comunista Brasileiro. Retornou para o Brasil em 1964. Entre 1969 a 1984 foi professor das Faculdades Integradas Karnig Bazarian, cujo fundador é seu irmão. Escreveu vários livros, dentre os quais se destacam: O Problema da Verdade, Introdução à Sociologia, todos pela Editora Alfa-Ômega.
Ivan Barsanti

Memorialistas:
Carlos Fidêncio
José Carlos Holtz
José Mário Orsi

- pesquisa documental:
1. consulta ao acervo de jornais do Centro Cultural de Itapetininga, composto atualmente dos seguintes títulos:

O Município. Primeiro número em 15/06/1873.
O Itapetininga.
O Democrata.
Tribuna Popular
Aparecida do Sul
O Sul de São Paulo
O Diário de Itapetininga. Editor: Galvão Júnior.

Outros:

Almach Illustrado do Sul de São Paulo, editado por Camilo J. A. Lellis. 1904.
Album de Itapetininga, 1934. João Netto Caldeira, editor.
2.
3. consulta ao arquivo histórico da centenária Escola Normal de Itapetininga, atualmente conhecida como EEEFM “Peixoto Gomide”; composto por uma variedade

- pesquisa bibliográfica:

Levantamento preliminar de fontes e bibliografia

Para a realização da pesquisa aqui proposta, o material a ser consultado foi agrupado em duas categorias: as fontes e bibliografia geral.
As fontes ainda foram subdivididas em arquivos públicos, acervos particulares, incluem-se

1. Estudos e registros sobre o território, os habitantes e a cultura do município de Itapetininga

A r t i g o s :
ALMEIDA, Aluísio de (1939). Nossa Senhora dos Prazeres de Itapetininga, in: Revista do Arquivo Municipal, ano V., vol. LIX, jul.
ALMEIDA JÚNIOR, A (1939). A ilegitimidade no Estado de São Paulo, in: Revista do Arquivo Municipal. SP. Ano VI, vol. LXII, nov.-dez.

L i v r o s :
ABUÁZAR, Heihl (1974). Um Adeus Em Cada Esquina: recordações de gente nossa. SP: Apolo.
________. Esperanças de Ontem. SP: Edição do autor. 1983.
ARCHÊRO JÚNIOR, Achiles (1938). Os Grupos Sociais e a Educação.
DEBES, Célio (1982). Júlio Prestes e a Primeira República. SP: IMESP / DAESP.
GALVÃO JÚNIOR, Antonio (1956). Itapetininga e Sua História. SP: Gráfica Biblos.
FIDÊNCIO, Carlos (1986). Itapetininga Ontem e Hoje. SP: CEHON.
NOGUEIRA, Edmundo Prestes (1987). Heroísmo Desconhecido. Itapetininga, SP: Gráfica Regional.
NOGUEIRA, Oracy (1998). Família e Comunidade: um Estudo Sociológico em Itapetininga. RJ: MEC. INEP. Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais. Série Sociedade e Educação. Coleção Brasil Provinciano.
________ (1998). Preconceito de Marca: as relações raciais em Itapetininga. SP: Edusp.

M o n o g r a f i a s :
MONTEIRO, Marisa de M. (1997). Uma Viagem ao Passado de Itapetininga através do seu patrimônio histórico. Centro de Pós-Graduação. Associação de Ensino de Itapetininga.
TAVARES, Fausto A. R. (1994). Júlio Prestes: conflito de memórias. SP: Faculdade de Educação. USP.

J o r n a i s :

O Município. Primeiro número em 15/06/1873.
O Itapetininga.
O Democrata.
Aparecida do Sul
O Sul de São Paulo
O Diário de Itapetininga. Editor: Galvão Júnior.


1. Metodologia da pesquisa em história (especialmente em história da educação):

ANDRÉ, Marli Elisa D. A. de (1997). Perspectivas atuais da pesquisa sobre docência, in: CATANI, Denice B. et. al. (org.). Docência, Memória e Gênero: estudos sobre formação. SP: Escrituras.
CARVALHO, Marie J. S. A história de vida e as práticas sociais de classe, raça e gênero, in: CARVALHO, Marta. M. C. de. .Pesquisa Histórica: Retratos da Educação no Brasil. RJ: UFRJ. ANPED.
CARVALHO, Marta M. C. de (1998). Por uma história cultural dos saberes pedagógicos, in: CATANI, Denice B. et. al. (org.). Práticas Educativas, Culturas Escolares, Profissão Docente. SP: Escrituras.
CATANI, Denice B., BUENO, Belmira O., SOUSA, Cynthia P. e SOUZA, M. Cecília C.C. (1997). História, Memória e Autobiografia na Pesquisa Educacional e na Formação, in: CATANI, D. B. (et. al.). Docência, Memória e Gênero: estudos sobre formação. SP: Escrituras.
DEMARTINI, Zeila de Brito Fabri (1988). Histórias de vida na abordagem dos problemas educacionais, in: SIMSON, Olga de Moraes von. – Experimentos com Histórias de Vida (Itália-Brasil). SP: Vértice.
________ (1998). História da educação da população brasileira: diferentes grupos sociais e diferentes fontes, in: CATANI, Denice B. et. al. (org.). Práticas Educativas, Culturas Escolares, Profissão Docente. SP: Escrituras.
HALL, Michael M (1991). História oral: os riscos da inocência, in: SÃO PAULO (cidade) O Direito à Memória: patrimônio histórico e cidadania. SP: DPH. SMC.
LÜDKE, Menga e ANDRÉ, Marli E.D. A. (1986). Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. SP: EPU.
MAGALHÃES, Justino (1998). Um apontamento metodológico sobre a história das instituições educativas, in: CATANI, Denice B. et. al. (org.) Práticas Educativas, Culturas Escolares, Profissão Docente. SP: Escrituras.
NOGUEIRA, Oracy (1952). A história-de-vida como técnica de pesquisa, in: Sociologia. SP. XIV (1).

2. Memória coletiva e memória escolar

BOSI, Ecléa (1987). Memória e Sociedade: Lembranças de Velhos. SP: Queiroz. EDUSP.
HALBWACHS, Maurice (1990). A Memória Coletiva. SP: Vértice.
KENSKI, Vani Moreira (1997). Memória e formação de professores: interfaces com as novas tecnologias de comunicação, in: CATANI, Denice B. et. al. (org.) Docência, Memória e Gênero: estudos sobre formação. SP: Escrituras.
LOUZADA, Nilson Moulin (1991). Diferentes suportes para a memória, in: SÃO PAULO (cidade) O Direito à Memória: patrimônio histórico e cidadania. SP: DPH. SMC.

3. História e sociologia da educação no Estado de São Paulo

ALMEIDA JÚNIOR, A. (1946). A Escola Normal e sua evolução, in: Centenário do Ensino Normal em São Paulo (1846-1946), Poliantéia Comemorativa do 11 Centenário do Ensino Normal de São Paulo. SP:
ANTUNHA, Heládio César Gonçalves (1976). A Instrução Pública no Estado de São Paulo: a Reforma de 1920. SP: Faculdade de Educação. USP. Col. Estudos e Documentos.
AZANHA, José M (1987). Educação: alguns escritos. SP: Ed. Nacional.
CARVALHO, Marta Maria Chagas (1989). A Escola e a República S SP: Ed. Brasiliense. Col. Tudo é História.
CATANI, Denice B (1989). Educadores à Meia-Luz: um estudo sobre a Revista de Ensino da Associação Beneficente do Professorado Público de São Paulo (1902-1918). SP: Faculdade de Educação. USP. Tese de dout.
________. História e didática: os saberes pedagógicos no Brasil (1994). Anais do VII ENDIPE (Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino). Goiânia, GO. Junho de 1994.
DEGANE, Maria Terezinha (1973). Aspectos Mais Significativos da Instrução no Estado de São Paulo na Primeira República S SP: Fac. de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara. Tese de dout.
ESCOBAR, José Ribeiro (1933)S Histórico da instrução pública paulista, in: Revista de Educação. SP. Vol. IV. Dez. 1933. Pags: 158-90.
INFANTOSI, Ana Maria (1983). A Escola na República Velha: Expansão do Ensino Primário em São Paulo. SP: Edec.
LIMA, Gerson Zanetta de (1985). Saúde Escolar e Educação . SP: Cortez.
NAGLE, Jorge (1977). A Educação na Primeira República S In: FAUSTO, Bóris (org.) S História Geral da Civilização Brasileira: O Brasil Republicano: Sociedades e Instituições (1899-1930). SP/RJ: Difel. Tomo 3, vol. 2.
OLIVEIRA, José Feliciano de (1932). O Ensino em São Paulo: Algumas Reminiscências . SP: Tip. Siqueira.
Poliantéia Comemorativa do Primeiro Centenário do Ensino Normal em São Paulo (1846-1946). SP: Gráfica Bréscia. 1946.
REIS FILHO, Casimiro dos (1981). A Educação e a Ilusão Liberal . SP: Cortez e Autores Associados. Col. Educação Contemporânea. Série Memória da Educação.
ROCCO, Salvador (1946). Escola Normal de São Paulo, in: Centenário do Ensino Normal de São Paulo, op. cit.
RODRIGUES, João Lourenço (1939). Um Retrospecto: Alguns Subsidios para a História Pragmática do Ensino Público no Estado de São Paulo. SP: Instituto D. Anna Rosa.
SPÓSITO, Maria P (1984). O Povo Vai à Escola: a luta popular pela expansão do ensino público em SP. SP: Loyolo.
TANURI, Leonor Maria (1979). O Ensino Normal no Estado de São Paulo (1890-1930). SP: Faculdade de Educação. USP. Coleção Estudos e Documentos.
TAVARES, Fausto A. R. (1996). A Ordem e a Medida: Ensino e Psicologia no Estado de São Paulo: 1890-1930. SP: Faculdade de Educação. USP. Tese de mestr.

4. Bibliografia geral

AZEVEDO, Fernando de. A Cultura Brasileira. Introdução ao Estudo da cultura no Brasil, 4ª ed. Brasília, DF: Ed. UNB. Biblioteca Básica Brasileira, vol. 4. 1963.
BORDIEU, Pierre. A Economia das Trocas Lingüistícas. SP: Edusp. 1998.
CARVALHO, José Murilo de (1990). A Formação das Almas: o Imaginário da República no Brasil. SP: Comp. das Letras.
CATANI, Denice Barbara (1994). Ensaios Sobre a Produção e Circulação dos Saberes Pedagógicos. SP: Faculdade de Educação. USP. Tese de Livre Docência.
CUNHA, Luis A. (1980). Educação e Desenvolvimento Social no Brasil, 9ª ed. RJ: Francisco Alves.
DURAND, José Carlos G. (org.). Educação e Hegemonia de Classe. As funções Ideológicas da Escola. RJ: Zahar. 1979.
FORQUIN, Jean-Claude (1993). Escola e Cultura: as Bases Sociais e Epistemológicas do Conhecimento Escolar. Porto Alegre, RS: Artes Médicas.
FREITAG, Bárbara (1989). Política Educacional e Indústria Cultural, 2ª ed. SP: Cortez / Autores Associados.
GRACINDO, Regina V (1994). O Escrito, o Dito e o Feito: educação e partidos políticos. Campinas, SP: Papirus.
ORTIZ, Renato (1994). Memória coletiva e sincretismo científico: as teorias raciais do século XIX S In: Cultura Brasileira e Identidade Nacional, 5ª ed. SP: Brasiliense. Pags: 13-35.
SILVA, Geraldo Bastos. A Educação Secundária: Perspectiva Histórica e Teoria. SP: Companhia Nacional. Série Atualidades Pedagógicas, vol. 94. 1969.




Cronograma:

Visita aos acervos públicos:

Consulta aos acervos particulares

Gravação em vídeo-cassete de depoimentos

Leitura de

R e s u m o


Título: Sociedade e Cultura Escolar no Município de São Paulo.

Área Temática: História das

Propósitos: descrever o processo histórico-social da implantação e desenvolvimento do sistema escolar republicano no município de Itapetininga.

Categorias de análise: Cultura escolar. Práticas de ensino e representações de professores.

Procedimentos: investigação dirigida através da análise de fontes impressas e depoimentos de antigos professores e alunos.

Estratégias:

Prazos: Dois anos para levantamento de fontes, coleta de depoimentos, registro e organização de informações. Seis meses para redação de relatório final, sob a forma de Tese de Doutorado em Educação.




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